(A designar…)

Um pássaro

Uma estrela

Um banco azul à minha beira…

Um cheiro a alfazema… Ora me inspira, ora me enjoa

Um animal que me aparece…

Verde cor-de-água, olhos que enganam

Palavras que soaram a luz… Que soam agora como chuva miudinha

Prega, jura a verdade… Faz a mentira

Tão certo, tão certo, tão certo

“Cala-te que agora quem fala sou eu”

Vai-te foder…

Animal que teima em não sair do meu lado

Que cobiça todos os cantos mas se recusa a deixar-me…

Que não fala mas gane baixinho

Como quem tem a certeza do meu irremediável apego…

Um dia .

Um dia.

Um dia.

Um dia que chega.

Um dia em que a sombra, a quem o hábito pregou uma partida, deixa de existir

Porque o plátano abriu semente… voou.

Animal que não voa… Que não consegue correr atrás.

Animal que gane porque a sombra acabou

Animal que gane porque acabou só...

(A TODAS NÓS, C******!!)